“Ensino Superior Público em Cabo Verde teve uma evolução rápida”, quem diz é o professor e investigador da Universidade de Cabo Verde, José Maria Semedo, durante a conferência intitulada “A evolução do Ensino Superior e a contribuição para o conhecimento de Cabo Verde – dimensão a Terra e o Homem” realizada no dia 25 de outubro, na Faculdade de Educação e Desporto, em Achada Santo António.
Durante a conferência promovida no âmbito das comemorações dos 40 anos do Ensino Superior Público em Cabo Verde, Semedo afirmou que “o ensino superior tem vindo a consolidar há 40 anos. Em 1979 foi criado o curso de formação de professores de ensino secundário cujo objetivo era formar professores de liceus, mas rapidamente essa formação começou a evoluir para contornos mais sólidos durante a década de 80.” Acrescenta: “em 1990 o curso já estava instalado na Escola Grande, Plateau, e em 1995 foi transformado em Instituto Superior da Educação, aqui há uma evolução rápida que vai definitivamente consolidar a ideia do curso superior em Cabo Verde.”
“Em 1998/99 ministramos licenciatura de raiz em parceria com a Universidade de Lisboa. O curso de Geografia foi a primeira licenciatura oferecida e em 2000 começamos com os mestrados. Em paralelo houve trabalhos de investigação associados aos trabalhos de monografias”, lembrou o conferencista, José Maria Semedo.
Semedo sublinhou que um dos ganhos dessa rápida evolução foi a criação da Universidade de Cabo Verde que começou a ser desenhada em 2000 e seis anos mais tarde foi criada por meio do Decreto-Lei 53/2006.
Apontou que o grande desafio do Ensino Superior Público em Cabo Verde é consolidar a Universidade de Cabo Verde e alargar o campo da investigação. “A investigação científica continua a ser a dimensão fraca das nossas universidades em Cabo Verde. Há um grande esforço em formar quadros, mas não há um grande esforço em fazer a investigação e produzir conhecimentos complementares, porque os docentes só investam na docência”, concluiu o investigador.